Foi divulgada a decisão da Justiça Eleitoral que cassou os mandatos do prefeito de Cotia, Rogério Cardoso Franco (PSD), e de seu vice, Almir Rodrigues da Rocha (PSDB).
Os dois negaram as acusações e disseram que vão esperar o julgamento do recurso no cargo.
Além da perda do mandatos, os dois políticos da cidade da Grande São Paulo também perderam o direito de se candidatar a cargos públicos nos próximos oito anos.
O juiz Sérgio Augusto Duarte Moreira considerou que Cardoso e Rodrigues cometeram abuso do poder político, em 14 de outubro de 2016 o mesmo juiz já havia cassado os registros da candidatura dos dois.
Na época a ação, por suposto abuso de poder político, movida pela coligação do ex-candidato Quinzinho Pedroso e também pelo Ministério Público, atingia o então prefeito de Cotia, Carlão Camargo (PSDB).
A decisão judicial havia se baseado em depoimentos de ex-funcionários públicos exonerados ‘como forma de retaliação’ por terem apoiado outro candidato que não o escolhido pelo prefeito.
No documento, também são relatados casos de abuso de poder, com pedido de votos em reuniões na presença dos candidatos.
Entre os casos citados está o de um encontro com a Guarda Municipal, realizado após convocação oficial do comando ‘sob ordem do prefeito’.
– Um recém-eleito pedindo “mesada”? Que bonito…!!!
Diversos servidores, além de autoridades, em pleno horário de trabalho, foram deslocados para o comitê particular dos investigados, ‘para um verdadeiro ato de campanha eleitoral em total desequilíbrio para com todos os demais candidatos’.
Além da cassação do registro de candidatura dos eleitos, a ação pedia a inelegibilidade de ambos e do prefeito Carlão Camargo por 8 anos, o que foi acatado pelo juiz.
No processo, o juiz havia afirmado que ‘é forçoso reconhecer que se não houvesse a hiper utilização da máquina pública municipal em prol de Rogério Franco e Almir Rodrigues o resultado da eleição teria sido outro’.
De acordo com o Site Estadão, se os registros de Rogério e Almir seguirem cassados, o município de Cotia pode ter novas eleições.