Carros de luxo apreendidos em operação que prendeu Magrão devem ir a leilão

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A Polícia Civil abriu um novo inquérito para apurar a lavagem de dinheiro por parte dos quatro presos na Operação Tersus, que investiga fraudes em contratos da Prefeitura de Araçariguama (SP) com empresas de locação de veículos.

O grupo foi indiciado por associação criminosa, fraude em licitação, corrupção ativa e o funcionário da prefeitura por peculato.Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no início de fevereiro.

A investigação apreendeu cinco carros importados em Itapevi, na casa do empresário Magrão, dono da empresa Locaville e de um casal investigado. Os veículos devem ser leiloados para garantir o ressarcimento dos cofres públicos no fim do processo, segundo a polícia.

Conforme a investigação, o empresário Adalberto Dias da Silveira está preso. Ele também era responsável pela outra empresa investigada, a Multinível.

A sócia dele, Esther Gonzales Rodrigues, teve a prisão preventiva decretada. Ainda segundo a polícia, ela cuidava da contabilidade das locadoras de veículos. O marido dela , o empresário Luiz Carlos Rodrigues, que se entregou à polícia, é apontado como o administrador dos negócios fechados também com outras prefeituras do interior e da grande São Paulo.


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No inquérito, a polícia informa que foram várias as tentativas para ter acesso aos processos de licitação para a escolha das empresas investigadas, mas as requisições foram ignoradas e apenas parte dos documentos foi entregue pela Prefeitura de Araçariguama.

Os documentos mostram que em um contrato fechado em 2014 estão previstas despesas diretas e indiretas com a locação. Nele incluem motorista ou operador, no caso de máquinas pesadas, combustível, encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais.

Uma das cláusulas, segundo a investigação, deixa claro que as obrigações da empresa contratada é deixar todos os veículos abastecidos e a quilometragem livre.

Durante a investigação, a polícia conseguiu provar que os carros alugados eram abastecidos com dinheiro da prefeitura em postos de combustíveis de Araçariguama.

Um dos documentos mostra a autorização assinada pelo diretor de transportes, Cristiano Cardoso Dias, no dia 12 de abril de 2018.

O relatório feito pela polícia antes mesmo da instauração do inquérito indicou também que, entre janeiro e junho de 2017, a prefeitura pagou para a empresa Locaville mais de R$ 900 mil.

Só no mês de junho daquele mesmo ano, a outra empresa investigada, Multinível, recebeu da prefeitura R$ 550 mil.

A polícia estima que mais de 15 prefeituras do interior e da grande São Paulo tenham contratos com as duas empresas.

A atual administração que assumiu a Prefeitura de Araçariguama há duas semanas, depois da cassação de Lili Aymar, disse que não teria tempo hábil para responder sobre a investigação.

A ex-prefeita afirmou que os contratos com as empresas de aluguel de carros foram fechados na gestão anterior e que teve todos os gastos aprovados pelo Tribunal de Contas.

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Redação

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