Desaparecimento Misterioso: 21 Armas de Guerra somem de Quartel em Barueri

Exército investiga furto de 21 armas de quartel em Barueri
Foto: Reprodução/Exército brasileiro

O Exército Brasileiro está atualmente investigando o misterioso desaparecimento de 21 armas de seu quartel em Barueri, na Grande São Paulo, que ocorreu no dia 10 de outubro. Este incidente levou à imposição de medidas rigorosas, com 480 militares impedidos de deixar o quartel desde então. As armas desaparecidas incluem 8 rifles de calibre 7,62 e 13 metralhadoras de calibre .50, que são conhecidas por serem algumas das armas mais poderosas de guerra.

O Exército alega que a discrepância nas armas ausentes ocorreu devido à necessidade de manutenção das mesmas. Essas armas estavam no Arsenal de Guerra de São Paulo, uma unidade técnica responsável por manutenção e, quando necessário, a desativação de armamentos que não podem ser reparados.

Uma investigação está em curso, com a instauração de um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do furto. Desde que as armas foram declaradas desaparecidas, a tropa de 480 militares está alojada no quartel e teve seus celulares apreendidos. O Comando Militar do Sudeste (CMSE) afirma que essas medidas são essenciais para a investigação em curso.

Até o momento, a Polícia Civil de São Paulo não foi contatada para registrar a ocorrência, mas a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo se manifestou sobre o ocorrido, demonstrando preocupação com o furto e afirmando que estão dispostos a auxiliar nas buscas pelas armas.

As armas desaparecidas incluem 8 rifles de calibre 7,62 e 13 metralhadoras de calibre .50, armamentos conhecidos por sua capacidade de derrubar aeronaves, com uma taxa de tiro de 600 tiros por minuto e um alcance de mais de 3,5 quilômetros. O valor estimado de uma metralhadora desse tipo no mercado clandestino pode ser até o dobro do preço no Paraguai, onde custa cerca de R$ 150 mil.

Este incidente representa o maior desvio de armas do Exército desde 2009, quando a Organização Não Governamental Instituto Sou da Paz começou a registrar esse tipo de ocorrência. Houve casos anteriores, como o roubo de sete fuzis de um posto de sentinela em Caçapava em março deste ano. No entanto, o desvio atual é mais grave devido à quantidade de armas levadas e à sua potência.

As metralhadoras furtadas em Barueri têm o potencial de serem usadas por criminosos em ataques a carros-fortes e roubos a bancos, devido à sua capacidade automática de perfurar blindagens. Bruno Langeani, gerente da área de sistema de Justiça e Segurança do Instituto Sou da Paz, afirmou que é fundamental que o Exército coopere com as forças de segurança para recuperar essas armas e garantir que procedimentos de guarda apropriados sejam implementados para evitar incidentes semelhantes no futuro.

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Redação

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