Por Vinicius R.
Certamente você conhece ou já ouviu falar de alguém que esteve ou está há dias, as vezes há semanas, internado no pronto-socorro aguardando por uma vaga de hospital para fazer uma cirurgia ou um tratamento mais complexo.
Esta situação, que não é novidade na cidade, motivou um grupo de pessoas a se unir para reivindicar a construção de um Hospital Municipal em Itapevi.
Atualmente, os casos de urgência e emergência da cidade, que tem uma população de mais de 240 mil habitantes, são atendidos por três prontos-socorros administrados pela prefeitura da cidade, esses estabelecimentos de saúde apesar de serem procurados pela população, têm dificuldade para cobrir as reais necessidades da comunidade, especialmente por que os casos de maior complexidade entram na fila de espera por vagas nos hospitais administrados pelo governo estadual.
Ideia é de liderança local
Fernando Santander, liderança política local, administra uma página no Facebook chamada “HMI Hospital Municipal de Itapevi JÁ!”, que conta com centenas de apoiadores locais e de cidades vizinhas, é um dos idealizadores do projeto e tem levantado essa bandeira há alguns meses. Para ele, além da necessidade, a cidade de Itapevi também tem condições de oferecer um hospital para atender a sua população.
No grupo também estão listadas as vantagens da construção do hospital como:
- Alteração mínima na rotina do paciente e da família
- Individualização do cuidado
- Redução dos riscos de infecção hospitalar
- Redução da incapacidade física com retorno mais rápido ao trabalho
- Diminuição na lista de espera em listas de cirurgias hospitalares
“A cidade precisa de um centro de saúde que comporte diversas especialidades e não apenas urgência e emergência”, afirmou a liderança local.
Grupo quer dialogar com governo Igor Soares
Questionado sobre a viabilidade do projeto Fernando conta que a arrecadação municipal é suficiente para a construção do HMI. O grupo estaria trabalhando para construir um dialogo com os poderes da sociedade e apoio das lideranças politicas locais como vereadores e deputados. No momento Fernando e o grupo aguardam uma reposta da assessoria da prefeitura da cidade.
Pra o líder político, a sua maior indignação é a indiferença com a qual o movimento está sendo tratado pela administração. “Ainda não houve adesão por parte da administração municipal. Ela sabe que existe o movimento, mas até agora não enviou nenhum interlocutor para falar sobre o assunto”, afirma.
Para Fernando e o grupo de apoiadores, não se trata apenas da construção de um hospital para atender a população e sim o reconhecimento por parte dos governantes de que o povo precisa ser tratado com dignidade. Ele conta: “Uma cidade é feita de pessoas sadias. Um país decente cuida de seu povo. Sem saúde, não há vida, sem saúde não há dignidade. Em uma vida sem saúde não há trabalho”.