Honesto, trabalhador, pai de família e pagador de impostos, este é o perfil do senhor José Antônio de 78 anos, morador do bairro Jardim Paulista em Itapevi, o idoso é conhecido como “tiozinho do milho” por ter trabalhado como vendedor de milho por mais de 23 anos na entrada da COHAB, onde hoje está localizada a agência do INSS da cidade.
Muito conhecido e querido pelos vizinhos, amigos e familiares, o “seu José” enfrenta um momento muito difícil, talvez o mais difícil de toda a sua vida. O idoso, que se encontra em estado avançado de câncer de Pulmão, aguarda há 14 dias por uma transferência do Pronto Socorro central de Itapevi, onde está internado, para um hospital.
O drama do idoso é acompanhado de perto por sua esposa, uma senhora de 65 anos, que mesmo dormindo numa cadeira, não pensa em sair do lado do leito onde está o seu marido com quem teve dois filhos e é casada há 44 anos.
De acordo com uma familiar do “seu José”, o idoso, que é morador do bairro Jardim Paulista, passou mal em casa no dia 14/03 e foi levado à emergência do Pronto Socorro central de Itapevi pelo SAMU, no período em que está internado o idoso já sofreu dois infartos e entrou e saiu da fila de transferência do PS inúmeras vezes.
“É um absurdo um ser humano com câncer aguardar 14 dias em um Pronto Socorro. Ele não está com uma simples gripe, o que ele tem é muito grave, deixa-lo no pronto-socorro sem tratamento pode agravar ainda mais o caso dele.”
A família tem acionado meios de comunicação local e nacional para que, por meio de repercussão do triste e lamentável caso, os órgãos públicos possam se sensibilizar e fazer aquilo que é seu dever.
O Ministério Público de Itapevi foi acionado pela família e orientou os familiares a obterem, junto ao médico do Pronto Socorro um laudo que relate o quadro de saúde do paciente, informando a necessidade de urgência de remoção. Com este documento um juiz poderá determinar a imediata transferência do idoso até um local onde terá cuidados adequados.
O Itapevi Realidade entrou em contato com a prefeitura da cidade e pediu esclarecimentos a respeito do caso, no entanto, até a publicação desta matéria não obteve resposta.