Jd. Rosimery: Laudo aponta que transsexual encontrada morta com vestido no pescoço sofreu infarto

Corpo de universitária foi encontrado nu, com um vestido em volta do pescoço. Foto: GCM/Itapevi

A Polícia Civil investiga se a transexual Ágatha Mont, encontrada morta na madrugada do dia 4 de fevereiro, em Itapevi, foi vítima de transfobia. O corpo da universitária de 26 anos que morava com a família em Itapevi foi enterrado no cemitério municipal da cidade.

Inicialmente, o caso foi registrado na Delegacia de Itapevi como “homicídio simples de autoria desconhecida”, havia a suspeita de que Ágatha teria sido asfixiada. Uma pessoa acionou a Guarda Civil Municipal (GCM) de Itapevi, que achou a estudante nua, com um vestido em volta do pescoço, na Rua Serra dos Gradaus, Jardim Rosimery. Não foram encontradas marcas de tiros nem de facadas.


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Na ocasião, o delegado-titular da Delegacia de Itapevi Marcos Antonio Manfrin afirmou em entrevista que havia indícios de que Ágatha tinha sido assassinada porque o cadáver estava com ferimentos no rosto e nos braços, e que se investigava se ela havia sido vítima de crime de ódio, como transfobia, pelo fato de ela ser transexual.

Ágatha era estudante de arte na faculdade FMU em São Paulo. Foto: FBK

De acordo com uma amiga da vitima, Ágatha trabalhava como garota de programa nas ruas de Itapevi para poder pagar a faculdade de artes visuais que cursava no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), na Liberdade, região Central de São Paulo.

Laudo médico aponta morte natural

A declaração de óbito de Ágatha feita pelo Instituto Médico Legal (IML) indica que a causa da morte foi ‘insuficiência do miocárdio’, o que levou a investigação a considerar que o mais provável é que a estudante de artes visuais da Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU) teve morte natural.

Agora policiais querem saber o que causou essa parada cardíaca. Uma suspeita é que alguém a tenha despido e usado o seu vestido para asfixiá-la.


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A Delegacia de Itapevi aguarda o laudo necroscópico do médico legista, que deve manter a mesma conclusão da declaração de óbito, para anexar ao inquérito sobre a morte de Ágatha. Também é aguardado o resultado do exame toxicológico para saber se ela consumiu alguma droga, que possa ter contribuído para o mal súbito que teve.

O irmão dela afirmou que ele e seus pais não acreditam que a jovem teve um mal súbito. Eles suspeitam que ela foi morta por alguém que odeia transexuais. Segundo ele, a universitária estava desaparecida desde sexta-feira (3), quando saiu de casa e esqueceu o celular. Foi Arthur quem reconheceu o corpo da irmã na segunda-feira (6), no IML de Osasco.

Ágatha ainda não havia conseguido adotar o nome social na identidade. Ela nasceu como Evandro Rodrigues Cardoso Silva. “Mas sempre aceitamos do jeito dele”, disse o irmão.

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Redação

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