Embu das Artes, SP – O 36º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de Embu das Artes ganhou destaque não apenas por suas ações de segurança, mas também pelo colorido especial que os cabos Wisnheski e Zalma trouxeram ao criar o projeto social “PMs da Alegria” há sete anos. Com meias vibrantes, rostos pintados e narizes vermelhos de palhaço, eles têm como missão espalhar diversão e arrancar sorrisos por onde passam, sob o lema: “Nosso pagamento é o sorriso”.
Amizade que Transcende o Dever
A dupla, que atende pelas alcunhas de Capitão Edinho e Soldado Risadinha, deu início a esse emocionante projeto em 2016, após uma amizade que nasceu e floresceu dentro do quartel. Com um passado de superação – como o acidente de carro sofrido por Zalma em 2009 -, e um desejo mútuo de levar alegria a ambientes muitas vezes marcados pela dor, a dupla encontrou na solidariedade uma forma de agradecimento pela vida.
Uma Formação Especial
Antes mesmo de adentrar na carreira policial, Zalma já havia experimentado a arte de fazer rir como palhaço em eventos infantis. O diferencial veio quando Wisk decidiu se aperfeiçoar nas técnicas de palhaçaria através do curso “MadAlegria”, realizado por estudantes de medicina da USP, preparando-o para enfrentar o desafio de provocar sorrisos genuínos.
O Projeto em Ação dos PMs da Alegria
Oficialmente nomeado “PMs da Alegria”, o projeto ganhou vida no aniversário de 13 anos do 36º BPM/M e desde então não parou mais. As atividades vão além das visitas a quartéis e hospitais, incluindo palestras sobre temas relevantes como drogas e saúde mental. O impacto é tal que Zalma busca aprimorar-se na faculdade de artes visuais, visando enriquecer ainda mais o projeto.
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Ações Memoráveis
Iniciativas tocantes marcaram a trajetória dos PMs palhaços, como a visita à mãe de Wisk hospitalizada com AVC e a emocionante história de um garotinho fã dos “PMs da Alegria”, que, infelizmente, veio a falecer dias após realizar seu sonho de conhecer a dupla.
Esporte e Solidariedade
A solidariedade do projeto também se estende para além do entretenimento. Wisk, por exemplo, dedica parte de seu tempo para ensinar jiu-jitsu, como no caso do jovem Luriel, que teve uma notável melhoria na qualidade de vida após participar das aulas.
Um Sorriso Como Salário
A dupla enfrenta o desafio de equilibrar o trabalho na polícia com o voluntariado, investindo tempo e recursos próprios, mas a recompensa vem na forma mais pura e sincera: o sorriso. “Sem ele, não temos combustível para continuar”, confessa Wisk.
Esses policiais extraordinários mostram que a farda pode esconder muito mais do que o dever; pode revelar corações dispostos a transformar a realidade, um sorriso de cada vez.