Atingida por dois tiros durante uma operação policial no Morro da Congonha, em Madureira, Subúrbio do Rio, no domingo (16), a auxiliar de serviços gerais Cláudia da Silva Ferreira, de 38 anos, teve o corpo arrastado por cerca de 250 metros, presa a um carro da Polícia Militar quando supostamente estaria sendo “socorrida” pelos PMs. Inicialmente, a corporação informou, em nota, que Cláudia foi acudida por uma viatura que a teria levado ao Hospital Carlos Chagas.
Um vídeo feito por um cinegragista amador e publicado pelo site do jornal Extra, no entanto, mostra a vítima pendurada no porta-malas sendo arrastada no asfalto. Testemunhas dizem que os agentes que conduziam o veículo foram avisados de que ela estava pendurada. Os três PMs que participaram do “socorro” foram presos nesta segunda (17).
Segundo o comandante do 9ºBPM, tenente-coronel Wagner Moretzsohn, o porta-malas se abriu durante a viagem.
Um dia antes, a Polícia Civil informou que abriu inquérito para investigar o caso e periciar as armas utilizadas pelos agentes. A intenção é descobrir se os tiros que atingiram o pescoço e as costas de Cláudia partiram das armas utilizadas por agentes do Estado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ela chegou morta à unidade.
A morte de Cláudia revoltou outros moradores do Morro da Congonha, que realizaram dois protestos na Avenida Edgar Romero. Principal via de Madureira, ela foi fechada à tarde e à noite. Barricadas foram feitas e, no último ato, dois ônibus foram incendiados
Assista ao vídeo: